Por: Claudia D'Elia
A fotografia tem a capacidade de capturar um mundo sempre em
movimento, congelando um instante e guardando-o vivo para sempre em nossas
memórias. Como você vai capturar esse momento é que faz a diferença.
Cada fotógrafo é uma pessoa diferente, com olhares
diferentes, visões de mundo diferentes, expectativas, fantasias e sonhos
diferentes. Assim, se você sair com dez pessoas e der uma máquina fotográfica a
cada uma delas para registrar um mesmo local, você provavelmente verá dez
imagens diferentes, pois cada um vai registrar o que está vendo e sentindo, e
nem sempre essas sensações são iguais.
Diz David Präkel, conhecido fotógrafo inglês e autor de
vários livros sobre fotografia, que “a fotografia não é apenas o
registro ou a representação da realidade. Como o fotógrafo precisa fazer
escolhas ao selecionar a parte do mundo real que vai enquadrar, a composição se
torna a expressão da personalidade dele”.
É exatamente disso que estou falando. E é importante que
você, como fotógrafo, desenvolva isso em suas fotografias, deixando, se
possível, a sua marca e a sua personalidade registradas em suas imagens. Isso é
conseguido com a sua sensibilidade de artista e também com a técnica
fotográfica conhecida como composição.
É importante compor e organizar o que você quer capturar, e
é exatamente isso que vai diferenciar você de um fotógrafo amador, que faz
disparos a esmo, sem qualquer cuidado e capricho. O fotógrafo amador faz, às
vezes, 100 ou mais disparos sem cuidado e sem nexo, e acaba cortando a pontinha
dos dedos do filho, ‘decepando’ a cabeça da mãe, deixando pessoas estranhas
aparecerem na foto, entre outras falhas que ele nem mesmo percebe, e que comete
porque sai disparando apressadamente, sem cuidar do que está fazendo. Já o
fotógrafo profissional (ou o fotógrafo estudioso) não pode cometer esses erros:
deve olhar e analisar o cenário, e somente clicar quando a imagem estiver
perfeita, com tudo se encaixando no quadro.
Uma fotografia precisa ser bem composta, para que quem a
olhe a compreenda de imediato. Se a sua imagem estiver tão confusa que você
precisa explicar o que retratou, você falhou na composição. É quase o mesmo que
precisar explicar uma piada que você contou.
Esse trabalho de
composição inicia com a exploração e reflexão do assunto a ser fotografado,
continua com a seleção, análise e o click bem pensado, e é concluído quando o
olhar do espectador recai sobre a imagem final. Se ficar agradável para quem
olha a fotografia, você obteve sucesso.
Existem muitas regras de composição, e vale a pena estudá-las
para melhorar a sua técnica. Existem vários livros sobre esse assunto, além de
vasto material na internet. E tem uma regra que diz que não existem regras e
que você deve seguir o seu coração. Ou seja, é nessa hora que você pode
“errar”. O importante é sua imagem ser bonita e cativar quem a vê.
Claudia
D’Elia começou na fotografia por curiosidade e agora dedica-se por amor,
fotografando sempre com muito carinho e esmero. Aplica-se incansavelmente à
arte de fotografar, aprendendo mais a cada dia, lendo muito e fotografando cada
vez mais. Você pode acompanhar seu trabalho em sua página no Facebook https://www.facebook.com/claudiadeliafotografia
*As fotos que ilustram esse artigo são do Google Imagens.
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